sábado, 30 de abril de 2011

Poesia nas ruas




A artista Juliana Santacruz Herrera tem um projeto de Arte Urbana maravilhoso: ela "tapa" os buracos das ruas de Paris com tecidos coloridos!!! Chama atenção para esses detalhes do meio urbano de uma forma muito poética...Já imaginaram chamar atenção para os buracos das ruas de Salvador (que não são poucos) dessa maneira? A arte contemporânea tem dessas coisas: busca sempre sair do convencional, levantar questionamentos, propondo novas estratégias artísticas, novos materiais, circuitos inusitados!! Quem quiser saber mais sobre esse projeto, chamado Nid de Poule, basta acessar o flickr da artista:
http://www.flickr.com/photos/39380641@N03/

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Walter Smetak: O Alquimista dos Sons


Walter Smetak tentou representar a música em sua amplitude: música que emociona, que envolve, que surpreende os sentidos e cria seus próprios caminhos para registrar-se em nós.

Músico, professor, artista plástico, intelectual. Suíço por natureza, baiano por escolha, Smetak verbalizou com esculturas sua relação com a música. Assim mesmo, misturando os sentidos. Fez dela objeto. Fez dela visão e toque.


A obra de Smetak é marcada pela criação daquilo que batizou como “plásticas sonoras”, instrumentos musicais inventados por ele a partir do improvável: cabaças, cordas, plásticos, isopor, bobinas. Inquietação em essência, materializada em formas, tons, microtons. Arte que fez fervilhar as idéias de gente como Gilberto Gil , Caetano Veloso e Marco Antônio Guimarães do Uakti.

Poder conhecer a obra de Smetak é a chance de reviver um patrimônio artístico atemporal, contemporâneo, brasileiro, do mundo. Smetak deixou uma obra para ser tocada pela imaginação, feito de materiais pobres reciclados e transformados em combinações imprevistas onde visualidade e sonoridade se confundem.

Música para ser experimentada com todos os seus sentidos...




Madeira, flandre, vergalhão - (1969)

Anton Walter Smetak nasceu em Zurique, Suíça, em 12 de fevereiro de 1913 e naturalizou-se brasileiro em 1968. Filho de pai músico, ainda criança aprendeu a tocar zither, um instrumento da família da cítara, muito popular na Baviera, mas acabou optando pelo piano, graças à atração que Bach e Beethoven exerciam sobre ele. Na década de 1930, estudou no Mozarteumde Salzburg, Áustria, e, em seguida, diplomou-se como concertista de violoncelo em Viena.

Adotou, no Brasil, o ofício de luthier e passou a construir e a consertar, artesanalmente, violinos. Ainda em São Paulo, em 1957, é convidado pelo maestro Hans-Joachim Koellreutter a participar como professor dos Seminários de Música da Universidade Federal da Bahia. Em Salvador, Smetak encontra as vertentes e influências que inspiraram suas pesquisas, teorias e experimentos.

Smetak recebeu de presente da Universidade Federal da Bahia uma sala/galpão que, em pouco tempo, transforma em oficina de idéias e objetos. Ele sentia que era preciso criar novos instrumentos, para uma nova música, um novo som. “O que aconteceu talvez é que me interessa muito mais o mistério dos sons que o da música.” A partir destes novos conceitos de matéria e espaço, nasceram as Plásticas Sonoras. Para construí-las, Smetak empregou cabaças, madeira, cordas, tubos de PVC, latas e qualquer material que estivesse a seu alcance.

As plásticas sonoras refletem uma antiga e moderna tendência de integrar a música às artes plásticas utilizando também outros recursos, como a linguagem das cores; o amarelo, o azul e o vermelho, representando, respectivamente, segundo ele, planos de uma mente cósmica, sabedoria, atividade e produção.

No início dos anos 1960, volta-se para a música experimental, fundando uma “nova escola”, em que investigava sobre o silêncio, o som e as suas relações com o homem.

Não chegou a fazer em vida exatamente tudo o que queria, a doença foi rápida, em 1984, Smetak morria de enfisema pulmonar, em 30 de maio de 1984.

Texto retirado e adaptado de: http://www.waltersmetak.com


domingo, 3 de abril de 2011

Eleições para o Grêmio

Na primeira semana de abril serão realizadas no Colégio Oficina as eleições para o Grêmio, importante momento para pensarmos Política e Democracia dentro do contexto de uma escola. Depois de reconquistada a democracia no Brasil,a impressão que dá é que o país não sabe direito o que fazer com ela. A questão continua em aberto, como se ainda nos faltasse "algo", como se a democracia ainda fosse uma meta a ser alcançada... e no ambiente de uma escola? Como podemos pensar a democracia? A palavra vem do grego: Demo ("povo")+krátos ("força","poder"), criada para designar um regime de governo em que o poder de tomar importantes decisões políticas está com os cidadãos (o povo!), direta ou indiretamente, por meio de representantes eleitos. Assim sendo, os estudantes do Oficina estão prestes a eleger seus representantes, e talvez a situação do nosso país sirva de exemplo para, pelo menos, refletirmos sobre a importância desse ato tão simples que é votar, e é justamente esse ato que irá decidir o futuro dos nossos interesses (individuais e coletivos). E a Política? O que é, genuinamente, um ato político? Estamos acostumados a pensar a política como algo partidário, um pouco distante do nosso dia-a-dia, quando, na verdade, qualquer tomada de decisão em nossas vidas é um ato político: ser político é se posicionar diante de uma situação, nem sempre agindo em favor de um consenso geral. Às vezes, o "dissenso", ou um ato que gera discussão, reflexão e desestabilidade, é muito mais político do que a "concordância" geral...Enfim: Não quero responder a essas questões, vou apenas convidar os leitores a refletirem sobre elas. Abaixo encontram-se as propostas da chapa CARAS PINTADAS, que, diga-se de passagem, é a única chapa concorrendo ao Grêmio nesse ano...

PLANO DE AÇÃO DA CHAPA CARAS PINTADAS



Projeto Consciência:


O Projeto Consciência é a base de todos os outros projetos e será realizado durante toda a extensão do mandato. O projeto pretende por meio de ações tais como utilização de propaganda e outros meios de comunicação, mobilizar os alunos quanto suas responsabilidades como cidadãos e membros da comunidade estudantil.



Projeto de Transparência:


Este projeto se divide em duas frentes: Projeto de transparência do grêmio e o projeto de transparência do Colégio Oficina. Em termos simples, este projeto visa a criação de planilhas com uma relação entre caixa e custo, promovendo uma prestação de contas que aumentará a confiança dos alunos em ambas a as instituições.



Projeto de Ampliação do Oficina in Concert (PAOIC):


O Oficina in Concert é reconhecido como projeto maior e projeto artístico por excelência do Colégio Oficina, mas só contempla de fato os segmentos artísticos da Dança, Música e Teatro, deixando as outras artes em segundo plano. Por este motivo, a chapa Caras Pintadas acredita que o projeto deve ser revisto e atualizado, buscando abranger outras formas de arte. A chapa deseja, junto ao departamento de Artes do colégio, procurar uma maneira de ampliar o projeto, de forma a contemplar as outras artes em uma grande exposição realizada no dia do evento, a se localizar no foyer do teatro em que ocorre a apresentação do Oficina in Concert.


Tal exposição deve envolver fotografia, performance e Belas Artes, buscando assim incluir e contemplar os alunos em seus outros talentos artísticos.


Projeto de Revitalização do Colégio Oficina:


O Colégio Oficina encontra-se, hoje, em estado de descaso quanto às suas condições físicas: portas que não fecham, ares-condicionados sujos, lâmpadas queimadas nas salas de aula, torneiras quebradas nos banheiros e outros. A chapa Caras Pintadas propõe um projeto de revitalização do espaço físico do colégio, incluindo tanto o conserto dos equipamentos quebrados quanto a construção de novos espaços para atender as necessidades dos estudantes, tais como uma enfermaria equipada para prestar atendimento de primeiros-socorros.

Tal projeto ocorrerá em parceria com o Projeto Consciência, buscando assim um uso saudável do novo equipamento por parte dos alunos, evitando os atos de vandalismo que culminaram para alguns dos problemas físicos do colégio.